quarta-feira, 22 de maio de 2013

A velhice começa aos 20

Hoje voltei ao ginásio, depois de três semanas de baixa por causa dos meus joelhos, só descobri aos 22 que tinha um problema nas rótulas e já não houve nada a fazer. Cheguei para ir direitinha para a piscina que no fundo foi o que o ortopedista me mandou fazer e eu andei dois meses armada em esperta nas máquinas  e soube por uma Sra. daquelas que estão no balneário a falar, que acho que pagam para ir a essa modalidade, que tinha caído uma parede da piscina! Para além de ter sido apanhada com o bikini na mão ainda tive que levar com algumas caras de outras Sras. a olhar para mim com aquela expressão, como é esta não sabe que caiu uma parede da piscina, em que mundo é que vives? Desisto do banho e vou para às máquinas onde me aguento nada mais nada menos que 15 minutos sem dores.  Se isto não é velhice não sei o que será... Que vi lá pessoas com +65 frescas que nem alfaces e eu a morrer no instante a seguir a entrar! Com aquele ar carregado de testosterona e grunhidos daqueles homens-armários que parece que estão no ginásio sempre que lá vamos, perdi a moral e acabei por desistir. Isto somado a paredes que caiem na única coisa que eu poderia fazer, só pode ser um sinal divino para eu estar em casa, sossegada, a comer como só o verdadeiro português sabe. E lá nisso, eu sou bastante patriota! Plamordeus. 

Vamos a isto?





Domingo, dia 26 às 10H, na cidade mai linda deste país, com bom tempo (esperemos). Só 5€ de inscrição, sendo que 2€ revertem a favor do IPO. Vamos a isto? Eu já-lá-estou :)

Os meus ricos vizinhos

Na minha aldeia além de sermos todos vizinhos somos todos primos, tal ela é tão pequena. Vim para o Porto com a sensação de que nunca ia voltar a sentir o mesmo pelos meus vizinhos e não podia estar mais enganada. Uma das coisas que me faz ser apaixonada por esta cidade é que nem no primeiro mês em que chegámos aqui nos sentimos sozinhos e isso nunca vou esquecer. No coração desta gente cabe sempre mais um e o Porto é a minha casa, mesmo quando formos embora vai continuar a ser e desejo voltar a viver cá, um dia que volte a Portugal. Aqui à porta de casa somos todos amigos, especialmente porque os animais também aproximam muito as pessoas e então com cães somos umas 10 casas diferentes em que as pessoas estão quase todos os dias juntas. Ontem não foi excepção e soube que a minha vizinha está grávida! Sabia que já andavam a tentar a algum tempo e estou felicíssima por eles, acho que depois de ela me ter dito e de ter ficado a pensar nas coisas é que dei conta do quanto já gosto dela! Inevitavelmente a minha faceta mais lamechas, que é tão grande, veio para casa a matutar que não vamos acompanhar a gravidez, que não vamos cá estar quando o bebe nascer e etc. Vamos separar-nos de tudo e todos e começar do 0. A avó de uma amiga minha que esteve na Alemanha diz que arranjou uma "doença de nervos na emigração" e eu que já ando com lágrima no olho desde Fevereiro também já encomendei uma para mim. Este é só mais um momento do dia em que fico com o coração pequenino quando me dou conta de certas coisas, depois clarifico as ideias e sei que vai ser o passo mais importante das nossas vidas e que o Porto estará sempre aqui à nossa espera. E acredito que toda a gente boa que ele tem também. Muitos parabéns R.!