segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Por falar em metades, meios e assim-assim

Aqui aprende-se a ver o copo meio cheio, ou pelo menos, eu como mulher portuguesa até à pontinha dos cabelos que sou, ando nessa batalha, como tenho escrito. De trocar o pessimismo que nos caracteriza e ver as coisas pelo lado bom. Este fim de semana tivemos a casa cheia com tudo o que a vida tem de melhor, os amigos. E teremos daqui a 15 dias novamente, e daqui a um mês. O que pode ajudar mais que isso? A vida corre lá fora e os meses passam, quase 3. O inverno já chegou e a chuva é mais que muita. Está quentinho cá em casa e tenho o meu amor comigo. Música na cabeça e calor no coração, vamos lá a mais uma semana Manchester. 


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

God save the weekend


Finalmente um fim de semana com sabor a isso mesmo! Voltei às manhãs em casa, ao tempo para os amigos, comecei uma série, namorei e respirei fundo. A parte do trabalhar é muito bonita mas com peso e medida que cheguei a ter dias nos últimos tempos de me esquecer de quem era e do que andava aqui a fazer. Este modo robocop não tá com nada e o corpo é que paga, ando a senti-lo na pele! Não há fotos de um fim de semana cinzento, com chuva e frio. De ronha e limpezas. Mas apeteceu-me voltar a este tema  a ver se voltamos às boas tradições! Por mim ficava na ronha mais meia dúzia de dias mas amanhã é dia de voltar ao trabalho com 4 dias apertados pela frente. Inspira, expira. Tenho andado num modo melancólico triste horrível mas o que sinto dos blogues é sempre o mesmo, é um sítio tão teu que tens que deixar o que te vai na alma, o que muitas vezes até tentas esconder da maioria das pessoas e olha senão é  a dizer que a minha vida é ma-ra-vi-lho-sa e sou a pessoa mais feliz deste mundo blablabla melhor, porque essas coisas soam-me sempre a falsidade. A verdade é que tenho saudades de mim como eu era na minha vida de 25 anos atrás e é disso que me tem apetecido escrever. Do meu dia-a-dia, do cheiro da minha cidade e do mundo de pessoas que me ocupavam todo o tempo e agora só me ocupam o coração. Mas também não vivo só para isso e aqui a vida é boa, não me posso queixar se tenho mais em 2 meses que em 2 anos. A verdade é que eu vejo sempre o 8 ou o 80, o bom ou o mau, o que gosto ou o que não gosto e agora ando a descobrir o assim-assim. Tal como 2 amigos nos diziam hoje, há pessoas que vem a vida assim-assim mas eu ainda não descobri qual é o segredo.  Para já tenho que voltar à música, aos livros, ao blogue. Às saídas e aos lugares por aqui, às fotos, às receitas. A tudo o que gosto e que acho que tenho esquecido por baixo da melancolia. Vou repetir isto em voz alta. Só gostava que lá estivesse também o meu telefone de casa e que tocasse quase todas as noites como era habitual, ou pelo menos 2 horas todas as segundas feiras. É por isso que a melancolia volta sempre ao de cima em mim, porque há demasiado amor que fica para trás. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sem olhos para ver, sem tempo para sentir

O meu nível de stress está em máximos históricos. Tem estado, espero que hoje seja um dia de viragem, pelo menos vou fazer por isso. A pressão de ser a única pessoa de duas que deixaram tudo para vir para aqui com trabalho acaba comigo. E os turnos de 12 horas também! Uns a seguir aos outros. Ontem vinha para casa a pensar no meio de boa música na rádio que tenho que sair deste trabalho-casa-trabalho por mais morta que acorde em dias de folga como hoje, em que o corpo todo dói como se andasse no ginásio. E fomos passar o dia a Liverpool que é aqui tão pertinho! Em termos de cidade não é nada de especial e estava lá mesmo muiiiiiito frio, não se podia andar na rua. Mas os Beatles estão por todo o lado e o pub onde eles começaram é espectacular! Não me sinto fresca que nem uma alface e dormi todo o caminho. Não tenho uma foto que preste porque não tenho olhos, tenho dois papos. E em muitos momentos dei por mim a pensar nas mesmas inquietações que me tem ocupado na maioria dos dias. Mas parei, respirei, ri alto e dei conta de que também se é feliz a 2200km de distância. Hoje é dia de tentar esquecer a tristeza do que está para trás, as saudades e habituar o corpo e moldar a alma à falta que as pessoas me fazem. Os lugares e os cheiros. Hoje dizia ao G. que não me sinto eu aqui, quando falo inglês a voz não é a minha, nem a expressividade. Quando olho a minha volta não tenho o calor do Porto nem tenho quem mais amo para abraçar. A vida nunca perdoa, ganhas e perdes em tudo o que fazes. Há-de chegar o dia em que equilibro a minha balança por aqui só ainda não é hoje.