quarta-feira, 29 de maio de 2013

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10 pontos para o Peixoto

"Em protesto contra a não realização da Feira do Livro do Porto, José Luís Peixoto terá um encontro com leitores e sessão de autógrafos no dia 5, a partir das 18h30, nos Maus Hábitos, Porto."

Li no Expresso e depois no blog do autor, fiquei verdadeiramente contente! O primeiro e único livro que até agora li dele foi o Dentro do Segredo sobre a Coreia do Norte. Até então nunca tinha lido nada dele mas como adoro ler sobre tudo o que tenha a ver com regimes e culturas completamente diferentes da nossa, comprei este assim que saiu. Adorei! Mas ainda gostei mais dele depois de ler isto, é uma ideia realmente boa. A não realização da Feira do Livro no Porto foi, a meu ver, a maior estupidez dos últimos tempos. E pouco me importa de quem é a culpa de não se realizar, a verdade é que os livros não chegam às pessoas, nem os autores, nem a cultura. Por isso bato palmas à atitude do JLP e se puder lá estarei dia 5, com muito gosto!

Depressões festivaleiras

Candidatei-me para ser voluntária para Optimus Primavera Sound cá no Porto, para além da experiência e do convívio, é a oportunidade de ir a um festival, sabemos bem o preço dos bilhetes e para um desempregado é impossível muito difícil fazer certas coisas. Não fiquei seleccionada porque eles privilegiam as pessoas que fizeram já outras acções de voluntariado com eles. Oh. Compreendo e eles têm logo isso na inscrição, já sabia que era complicado tanto que me candidatei a duas acções de voluntariado para o mesmo fim de semana que já sabia que esta era quase impossível! Mas é parvo, há muito poucas pessoas a terem oportunidade de entrarem para esse grupo, notava-se perfeitamente pelos comentários que muitas delas já se conheciam e "bora, estamos lá outra vez!". Ainda não é desta que vou ao Primavera Sound e é na minha cidade, que fará se fosse em Lisboa. Tenho realmente que emigrar para conseguir fazer uma coisa dessas, ao preço que os bilhetes estão neste país. E não digo só em festivais, é complicado ir ao teatro, ir ao cinema, ir a qualquer lado. Tirando as coisas à borla que felizmente ainda vamos tendo alguma oferta, é tudo impossível para a nossa esmagada classe média. Mesmo assim ainda conheço algumas pessoas que vão religiosamente aos festivais todos os anos e gastam rios de dinheiro só nos bilhetes, fora depois lá. Um minoria, é certo, e pessoas que gostam muito de música mas também pessoas que não têm a noção do que é o "mundo cá fora". Acho que ainda se vão arrepender um bocado desta mentalidade despesista. Cá por casa a coisa não é assim e nem eu nem mon amour vamos ao parque da cidade este ano, again. Fomos ver Bloc Party à Queima das Fitas, conta como warm-up? Deixem-nos vir com libras que vocês vão ver!