sexta-feira, 31 de maio de 2013

I got you my own Cailin

Ontem quando ia para a cama parei à entrada da porta do quarto, mesmo à filme, a reparar no quadro que me esperava. A melhor família do mundo, a minha. Senti-me tão sortuda e tão feliz naquele momento que me senti capaz de rebentar. Não disse nada mas agradeci em silêncio a sorte que tenho, não sei a quem, mas agradeci. I won't be afraid just as long as you stand, stand by me :)



Alimente esta ideia!



Este fim de semana, dia 1 e 2, eu e mon amour vamos participar pela primeira vez na campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar. Vamos estar no armazém de Perafita a dar o litro, ao todo são cerca de 40 000 voluntários em todo o país a remar para o mesmo lado. Não deixem de ajudar, por pouco que seja. Não passar no supermercado nesses dias também já não é desculpa, podem fazer a vossa doação online a partir daqui! 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Santo Giane

O Reynaldo Gianecchini além de ter regressado a esta vida de cabelo encaracolado também deve ter reencarnado o João Paulo II ou a Madre Teresa de Calcutá, ou então está muito desesperado por vender livros. É a única explicação para o facto do homem aguentar 19834 entrevistas com as mesmas perguntas e todas as Judites de Sousa, Claras de Sousa, Cristinas Ferreiras e companhia a babar por ele. Até à prova oral o homem foi! O Alvim não estava a babar, valha-nos ao menos isso.

Uma questão de rótulo

Hoje li este artigo de opinião do Rui Ferreira no P3 e fiquei a pensar que há duas coisas muito diferentes nisto de ir embora do nosso país à beira mar plantado. Concordo com o que o Rui diz quando fala que nós hoje em dia não podemos ser comparados com a geração dos anos 60, porque somos instruídos, aprendemos a língua muito mais facilmente e a maioria de nós também é qualificada. Ele defende também que não nos podemos fazer dos coitados que foram expulsos do nosso país. Também não gosto desse papel mas isso não é bem um rótulo que assumimos como ele lhe chama, é mais um sentimento. É a diferença entre eu ter um emprego cá e querer ir para fora porque ambiciono mais ou não ter nada e ser obrigado a ir. E isso é muito complicado de gerir e, sem dramatismos, faz-nos mesmo sentir que não temos escolha, não temos lugar para nós aqui. E não sei se nos devemos sentir gratos ao nosso país que nos deu a educação como ele diz, porque nós a pagamos e mesmo assim no final não temos lugar para desenvolver o que aprendemos aqui. Não conseguimos ser melhores, nem estudar mais, nem crescer enquanto profissionais. É muito difícil conviver com esses sentimentos, eu até poderia chegar a uma altura da minha vida em que visse a emigração como uma ambição e sair por minha vontade, por desejar isso para o meu futuro. Mas da forma como as coisas aconteceram, a minha vontade não quis dizer nada, tenho que sair porque aqui cheguei ao fim da linha. Para mim há uma diferença muito grande nesses dois pontos, sou grata ao país onde nasci pelos anos todos que dividi com ele mas ele não me retribui agora que preciso. Também concordo que a felicidade está em qualquer lado, não tem que necessariamente ser no sítio onde nascemos, mas gostava de ter tido as duas opções e depois decidir, até porque não sou acomodada, sou ambiciosa e quero o melhor para mim mas a nossa geração de emigrantes não tem de maneira nenhuma só isso em conta para ir embora. 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

About today



10 pontos para o Peixoto

"Em protesto contra a não realização da Feira do Livro do Porto, José Luís Peixoto terá um encontro com leitores e sessão de autógrafos no dia 5, a partir das 18h30, nos Maus Hábitos, Porto."

Li no Expresso e depois no blog do autor, fiquei verdadeiramente contente! O primeiro e único livro que até agora li dele foi o Dentro do Segredo sobre a Coreia do Norte. Até então nunca tinha lido nada dele mas como adoro ler sobre tudo o que tenha a ver com regimes e culturas completamente diferentes da nossa, comprei este assim que saiu. Adorei! Mas ainda gostei mais dele depois de ler isto, é uma ideia realmente boa. A não realização da Feira do Livro no Porto foi, a meu ver, a maior estupidez dos últimos tempos. E pouco me importa de quem é a culpa de não se realizar, a verdade é que os livros não chegam às pessoas, nem os autores, nem a cultura. Por isso bato palmas à atitude do JLP e se puder lá estarei dia 5, com muito gosto!

Depressões festivaleiras

Candidatei-me para ser voluntária para Optimus Primavera Sound cá no Porto, para além da experiência e do convívio, é a oportunidade de ir a um festival, sabemos bem o preço dos bilhetes e para um desempregado é impossível muito difícil fazer certas coisas. Não fiquei seleccionada porque eles privilegiam as pessoas que fizeram já outras acções de voluntariado com eles. Oh. Compreendo e eles têm logo isso na inscrição, já sabia que era complicado tanto que me candidatei a duas acções de voluntariado para o mesmo fim de semana que já sabia que esta era quase impossível! Mas é parvo, há muito poucas pessoas a terem oportunidade de entrarem para esse grupo, notava-se perfeitamente pelos comentários que muitas delas já se conheciam e "bora, estamos lá outra vez!". Ainda não é desta que vou ao Primavera Sound e é na minha cidade, que fará se fosse em Lisboa. Tenho realmente que emigrar para conseguir fazer uma coisa dessas, ao preço que os bilhetes estão neste país. E não digo só em festivais, é complicado ir ao teatro, ir ao cinema, ir a qualquer lado. Tirando as coisas à borla que felizmente ainda vamos tendo alguma oferta, é tudo impossível para a nossa esmagada classe média. Mesmo assim ainda conheço algumas pessoas que vão religiosamente aos festivais todos os anos e gastam rios de dinheiro só nos bilhetes, fora depois lá. Um minoria, é certo, e pessoas que gostam muito de música mas também pessoas que não têm a noção do que é o "mundo cá fora". Acho que ainda se vão arrepender um bocado desta mentalidade despesista. Cá por casa a coisa não é assim e nem eu nem mon amour vamos ao parque da cidade este ano, again. Fomos ver Bloc Party à Queima das Fitas, conta como warm-up? Deixem-nos vir com libras que vocês vão ver! 

terça-feira, 28 de maio de 2013

A doceira que há em mim

Adoro cozinhar! Mas adoro mesmo, é muito raro chatear-me por ter que fazer coisas na cozinha e gosto de cozinhar para muita gente e coisas novas. Modéstia à parte, acho que até levo jeito para a coisa. Já para os doces a conversa não é a mesma, acho que antes pensava que quem sabia cozinhar também era bom a fazer sobremesas mas comigo não funciona assim. Não sei se é só comigo! Tenho-me esforçado por melhorar e por ir fazendo coisas diferentes para praticar mas há sempre qualquer coisa que me acontece e não fica propriamente como era suposto. Hoje aventurei-me nos muffins inspirada pelas palavras da Dra. Joana e acho que não me saí lá assim muito mal, estão óptimos em termos de sabor. Fiz os de aveia com pepitas de chocolate mas apetece fazer todas as receitas! Mas como não faço a coisa por menos, claro que comprei as formas de alumínio no tamanho acima do que era suposto e acabei por fazer umas mini-tartes de muffins espectaculares... :) 



Tell me something new




  • Miguel Esteves Cardoso - Sim, também já li o livro de que todos falam! Muitas das crónicas já são conhecidas e como ele disse uma vez ao RAP a propósito do que este escreve para a Visão, para se escrever uma crónica boa tem que sair merda-merda-merda antes. Ou seja, não adorei todas mas gostei da grande maioria delas, é uma boa compilação! É um livro leve, interessante e inteligente, nada de novo no Miguel.
  • Zero Dark Thirty - A história da captura do Bin Laden que o homem da casa já queria à tanto ver. Não ficamos propriamente impressionados, é interessante mas exaustivo. 
  • Rui Maia, membro dos X-Wife, lançou esta música fantástica!
  • Álvaro Silveira, autor dos dois desenhos a conversar e também autor de outra tira no P3, lançou uns amiguinhos novos que também vale a pena seguir, a bela e o monstro!

Broken things

Houve um tempo em que pensei que era a tua prioridade. Eu era mais e tu eras mais comigo, era a diferença que nos orgulhava. Era os domingos de sol com os cabelos longos ao vento, aqueles que dizias que mais ninguém tinha igual e que todos desejavam. Quando pela primeira vez numa manhã me disseram que tinha os olhos muito brilhantes não pensei que fosse continuar com eles assim o resto da vida. Foram muitas noites a fazer o mesmo que naquela do meu aniversário. Seis anos e tantos que já passaram. Não sei dizer o que resta daquilo que um dia fui, estou estilhaçada e nunca nada nem ninguém vai conseguir juntar os bocados todos em que me partiste. Por mais voltas que a vida dê e eu lute nunca mais serei inteira, nunca serei aquilo que em tempos tive a certeza que ia ser. Não sei como é o teu abraço. Quando me falas em saudade não sei que sentimentos despertas em mim. Não é rancor nem tristeza, acho que este é o sabor do vazio, ainda não descobri ou não quero descobrir. Sei que vou ser sempre tua assim como tu és minha e era tudo mais simples se isso pudesse ser quebrado, como me quebraste a mim. Hoje preciso de novo e não estás cá, já não me lembro de estares. 

domingo, 26 de maio de 2013

Tudo o que tenho é dividido

Já dizia a saudosa Floribela! O melhor da vida são os amigos. Com um sol maravilhoso e um Porto inteiro para descobrir e aproveitar, este fim de semana recebemos a melhor companhia que encontrámos por aqui e que tem sido uns companheiros maravilhosos. Não de uma vida mas quase como se fosse, e isso é uma sensação tão boa! Às vezes perco porque dou demais, também me desiludo mais, perco porque raramente recebo tanto quanto dou. Mas apesar disso, depois da desilusão passada, acho que nunca perco por me entregar aos outros de coração, ao menos tenho a certeza que sou verdadeira em tudo o que faço. Às vezes arrisco e saio-me bem, felizmente. Estes encontros trazem sempre tantas conversas boas e agora também uma melancolia que ao mesmo tempo se traduz em felicidade porque todos queremos muito que esta aventura dê certo. E tantos planos, tantas ambições, tantas coisas que queremos viver. A minha vida sempre foi como este momento que estou a atravessar, agridoce. E uma coisa que sempre consegui fazer foi ver o lado bom das coisas por mais escondido que ele esteja. O bom deste momento também é viver o que nos resta aqui muito mais intensamente, é sentir a cidade, o cheiro das coisas, gravar a voz dos nossos amigos, abraçar se nos apetecer, chorar se der vontade e dar gargalhadas que vem do fundo da alma sem qualquer tipo de vergonha ou contenção. Conto os dias para o resto da nossa vida, juntos! 

God save the weekend

Quanto tempo o tempo tem? Ai, quem me dera que ele dobrasse em fins de semana como este. Praia, sol, amor, amigos, comidinha boa, solidariedade, desporto e que venha o futebol! O meu coração só tem uma cor, é vermelho e branco!!! 





sexta-feira, 24 de maio de 2013

A verdadeira noite dos globos

A vida divide-se entre quem já viu isto e isto e o resto. Obrigada Zé Pedro, ahahahah!

Quanto mais depressa mais devagar.

Esta coisa de uma pessoa só se começar a sentir viva quando acorda à sexta de manhã anda-me a deixar à beira de um ataque de nervos, em modo bomba-relógio. E ainda por cima eu não tenho pachorra para aquelas imagens "thank god is friday" nem para quem as mete toda a santa semana. Senhores da NMC e dos CTT, ter tempo a mais não é pra mim, já tiveram muito tempo para ver isso.





quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tell me something new





  • Guerra dos Tronos - always - comecei depois de dois amigos meus já estarem viciados e eu também fiquei, desde Janeiro. Vou no sétimo. "Agarra-nos e nunca mais nos larga", parece que vivemos em Westeros! Se já vou no sétimo não é propriamente uma novidade mas continuo na minha luta de levar cada vez mais pessoas a lerem esta saga.
  • The sessions, tão bom! Ok, só vi hoje, culpa da minha preguiça depois dos óscares. 
  • Estas suecas começam a tocar e é impossível ficar parada.
  • O Happy Holi chega este verão ao nosso país, primeiro aqui na Invicta e depois na capital. Para quem já foi a Color Run como eu não sei se valerá muito a pena apesar de ser um conceito completamente diferente, mas a ideia é muito gira na mesma, mesmo para quem não liga à religião. Mais informações aqui

Cá em casa também há uma estrela!


Um ano e meio de destruição, de 31286 bolas, buracos e banhos na praia e de muita alegria! 





quarta-feira, 22 de maio de 2013

A velhice começa aos 20

Hoje voltei ao ginásio, depois de três semanas de baixa por causa dos meus joelhos, só descobri aos 22 que tinha um problema nas rótulas e já não houve nada a fazer. Cheguei para ir direitinha para a piscina que no fundo foi o que o ortopedista me mandou fazer e eu andei dois meses armada em esperta nas máquinas  e soube por uma Sra. daquelas que estão no balneário a falar, que acho que pagam para ir a essa modalidade, que tinha caído uma parede da piscina! Para além de ter sido apanhada com o bikini na mão ainda tive que levar com algumas caras de outras Sras. a olhar para mim com aquela expressão, como é esta não sabe que caiu uma parede da piscina, em que mundo é que vives? Desisto do banho e vou para às máquinas onde me aguento nada mais nada menos que 15 minutos sem dores.  Se isto não é velhice não sei o que será... Que vi lá pessoas com +65 frescas que nem alfaces e eu a morrer no instante a seguir a entrar! Com aquele ar carregado de testosterona e grunhidos daqueles homens-armários que parece que estão no ginásio sempre que lá vamos, perdi a moral e acabei por desistir. Isto somado a paredes que caiem na única coisa que eu poderia fazer, só pode ser um sinal divino para eu estar em casa, sossegada, a comer como só o verdadeiro português sabe. E lá nisso, eu sou bastante patriota! Plamordeus. 

Vamos a isto?





Domingo, dia 26 às 10H, na cidade mai linda deste país, com bom tempo (esperemos). Só 5€ de inscrição, sendo que 2€ revertem a favor do IPO. Vamos a isto? Eu já-lá-estou :)

Os meus ricos vizinhos

Na minha aldeia além de sermos todos vizinhos somos todos primos, tal ela é tão pequena. Vim para o Porto com a sensação de que nunca ia voltar a sentir o mesmo pelos meus vizinhos e não podia estar mais enganada. Uma das coisas que me faz ser apaixonada por esta cidade é que nem no primeiro mês em que chegámos aqui nos sentimos sozinhos e isso nunca vou esquecer. No coração desta gente cabe sempre mais um e o Porto é a minha casa, mesmo quando formos embora vai continuar a ser e desejo voltar a viver cá, um dia que volte a Portugal. Aqui à porta de casa somos todos amigos, especialmente porque os animais também aproximam muito as pessoas e então com cães somos umas 10 casas diferentes em que as pessoas estão quase todos os dias juntas. Ontem não foi excepção e soube que a minha vizinha está grávida! Sabia que já andavam a tentar a algum tempo e estou felicíssima por eles, acho que depois de ela me ter dito e de ter ficado a pensar nas coisas é que dei conta do quanto já gosto dela! Inevitavelmente a minha faceta mais lamechas, que é tão grande, veio para casa a matutar que não vamos acompanhar a gravidez, que não vamos cá estar quando o bebe nascer e etc. Vamos separar-nos de tudo e todos e começar do 0. A avó de uma amiga minha que esteve na Alemanha diz que arranjou uma "doença de nervos na emigração" e eu que já ando com lágrima no olho desde Fevereiro também já encomendei uma para mim. Este é só mais um momento do dia em que fico com o coração pequenino quando me dou conta de certas coisas, depois clarifico as ideias e sei que vai ser o passo mais importante das nossas vidas e que o Porto estará sempre aqui à nossa espera. E acredito que toda a gente boa que ele tem também. Muitos parabéns R.!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Parece que ando a dormir

Mas só ontem é que descobri as maravilhas da courgette grelhada. Senhores, cá em casa é o novo camarão tigre!




O que é português é bom, ou não

Hoje, depois de o Mourinho ter sido despedido do RM, tive uma curiosidade enorme de saber o que iriam dizer os jornais portugueses. E, como é óbvio não falaram que saiu pela porta pequena do clube, que é odiado por muita gente em Espanha e pelos próprios jogadores. Cá em casa gosta-se muito de futebol, partilho a vida com um doente à 11 anos. Ao contrário dele, eu até gosto do Mourinho mas a verdade é que em Espanha ele não se deu bem, está à vista de todos. O que me custa mais é este problema tão português que dá para os dois lados, ou não damos valor nenhum ao que é nosso ou então defendemos desmedidamente, sem sensatez e sentido de oportunidade nenhum. E eu, que não sou uma pessoa propriamente tolerante, não tenho paciência para estas coisas, só me apetece dizer a toda a gente que acorde, parece que estão a viver num mundo que só eles vêm e repetem alto para que todos acreditemos! Depois custa ver a outra face da moeda, e nem a propósito, aconteceu ontem um bom exemplo no programa Prós-e-Contras da RTP. O mesmo país que defende sem razão nenhuma até ao fim do mundo pessoas como o Mou ou o CR7 despreza rapazes como o Martim que foi interrompido da seguinte maneira por uma Dra. da Universidade Nova de Lx, que de uma forma muito clara deu a entender o que pensa do empreendedorismo em Portugal. Eu, que não sou doutorada mas até não sou inculta, também sei depois do que se passou no Bangladesh que uma camisa que chega a nós a 20€, tem um custo de produção de cerca de 1,5 cêntimos. Também me sinto revoltada por terem morrido mais de 1000 pessoas desta vez, fora todos os acidentes que já houve e os que estão para vir. Mas não é justo interromper um miúdo que fala com determinação da sua ambição, não é para ele e não o é também para aquelas pessoas que ela estava a tentar defender, que neste momento dão graças por conseguirem continuar a receber o ordenado mínimo em vez de estarem em casa. Achei completamente despropositado e desadequado, não gosto da ideia de tornar estas coisas virais em que cada um partilha e manda um palpite para o ar como acontece no fb mas achei curioso a forma como nós, as pessoas que fazem um país, conseguem ser tão irracionais em duas coisas distintas. Espero, sinceramente, que o Martim e muitos iguais surjam e nos façam voltar a crer que o que é português é bom, por razões válidas e não por um amor estúpido à camisola.


God save the weekend

Para quem trabalha por turnos, como eu já trabalhei antes de estar nesta desgraça que se chama de-sem-pre-go (calma, já falta pouco para lhe dar um valente pontapé no traseiro), o fim-de-semana é um bocado irrelevante. Mas como o homem da casa tem uma vida normal de dormir todas as noites na sua caminha e assim, sou obrigada a desejar muito o final da semana e tudo o que isso implica! Prefiro mil vezes um horário rotativo, sem rotina, mesmo que isso obrigue a que não esteja presente em muitas coisas que até queria mas a verdade é que desde que o Porto nos roubou a vida e o coração tenho aprendido a viver estes 3 dias a 1000%. Desta vez fomos para o frio a correr como sempre, com neve e uma bênção de finalistas para matar saudades de uma vida que já parece lá tão atrás! Apesar do tempo feio, a vista da Covilhã quando chegamos continua linda e ainda nos ofereceu um arco-íris destes ao almoço. 


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cada um sabe as linhas com que se cose.

Ou também pode ser cada doido com a sua mania, e uma das minhas é dizer mesmo muitos provérbios. E adoro, porque me lembram de onde vim e acertam quase, quase sempre. Hoje lembrei-me deste e assenta que nem uma luva! A paciência tem limites, também é sabido. O desapego chega e leva aquilo que um dia houve. E só fica aquilo que em tempos ninguém quis assumir, que nunca ninguém disse. A vida não dá mais porque não lhe chegas sequer a pedir e hoje, amanhã e depois serão dias cada vez mais vazios. A indiferença é um sentimento horrível mas também trás uma certa paz. E é isso que eu sinto quando penso nisto! Foram as linhas com que te coseste, e coseste tão bem que nem consigo ter pena. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Um passo em frente, menos palas nos olhos

Hoje estou orgulhosa do meu país, onde se decide tanta coisa mal, onde se faz tão mal ao povo nos dias que correm. Foi aprovada a co-adopção por casais homossexuais! Amor é amor e por mais controverso que este tema vá ser sempre não me venham com coisas, o que pode ser melhor do que o bem de uma criança? E tantas que estão à espera de saber o que é uma família, seja lá ela com dois pais ou duas mães, o que importa é a educação. Tenho a certeza que a confusão vem da cabeça da sociedade que os vê, a maioria destas crianças vão ser muito mais esclarecidos e sensatos do que nós. 

Palmas!


quinta-feira, 16 de maio de 2013

A minha aldeia





É a mais linda do mundo, e amanhã vamos para lá. Na prática, não ficamos lá quando vamos a casa, mas na nossa serra nada é longe. E aqui é o sítio onde mais me sinto inteira. Metade de mim não tem nada a ver com ela mas a outra metade adora os cheiros, os barulhos, a água pura, as vizinhas barulhentas, as conversas sempre dos mesmos temas. As chaves nas portas das casas e nos carros, sem preocupações, sem pressas. As pessoas conseguem ser muito cruéis porque é um meio muito pequeno, e muitas pessoas também o são. Mas a maioria também tem uma generosidade sem explicação, e ninguém passa fome nem frio. Neste momento,que já tenho saudades de tudo o que ainda não deixei, só me apetece pensar no quanto sou feliz cada vez que chego a um lugar onde me conhecem  pelo barulho do carro! Neste vale, sim.

O único mal é que se aqui já está frio, lá pertinho está a nevar. Nem sei se ria, se chore! 

1st

Fall seven times, stand up eight.

Isto podia ser perfeitamente a história da minha vida ou então o que fez de mim o que sou hoje. Com 1/4 de século já aprendi o que é o desapego e a solidão mas também o amor e a coragem. Sou emotiva, divertida e genuína. Não corro atrás de modas, nem na roupa nem na atitude. Gosto de dançar como se não houvesse amanhã, sou da Serra mas amo o mar, o sol e o calor. Sou Enfermeira e tenho orgulho nisso apesar do pouco que hoje isso significa no nosso país. Divido a minha vida com o meu amor da adolescência, o melhor do mundo, e com a minha Uva, que é a estrela da companhia. Sou igual à minha avó e sou capaz de dizer 3 provérbios numa só frase. Adoro dias cheios e detesto a rotina, a chuva atormenta-me. Descobri numa altura pior da minha vida que os livros são bons companheiros e hoje sou louca por eles. Gosto de música, de muitos estilos diferentes, para situações diferentes. Tenho uma família pequena mas amigos grandes. Ganhei uma irmã quando conheci a minha cunhada e quero ter muitos filhos, não agora mas daqui a algum tempo. Sou mandona e exigente. Falo terrivelmente alto e não consigo ser discreta, nem quando me pedem. Impulsiva, falo, penso e ajo quase sempre com o coração e mesmo quando me arrependo não tenho pena, prefiro dar-me por inteiro do que pelas metades. Adoro comer, adoro viajar e quero ir a tantos sítios diferentes que precisava de uma vida à parte só para isso. Para já, vou mudar-me para terras de sua Majestade. 

Espero que fiquem por aqui para me conhecerem, a mim e a tudo o que vem comigo! Por mais ridículo que seja, acho que não vai ser um tédio ;)