terça-feira, 4 de junho de 2013

Portugal, meu Portugal



Os concursos públicos para Enfermeiros são uma farsa, acho que já todos sabemos disso. Todos os concursos públicos, vá, não se passa só com os nossos. Para pessoas comuns, simples mortais sem sobrenomes que se juntam com "de" ou "e", que não tem dinheiro ou familiares influentes é só uma maneira de gastar em documentos e correio registado. Hoje depois de ter recebido um mail do Hospital da Guarda, onde fui fazer nada à uns meses atrás a uma entrevista em que gozaram comigo à grande e com todos os meus colegas que vieram de todas as pontas do país de propósito, só me apeteceu rir. Diziam-me que se quisesse saber a qualificação final tinha que me dirigir ao hospital onde está afixada num painel. E é isto senhores, o anexo fica caro, o estado não tem verba para tamanha maluqueira. E podem também aqueles funcionários morrer de tanto trabalhar, que eles não estão habituados! Melhor só mesmo uma amiga minha que recebeu hoje uma carta de outro concurso e das 50 pessoas que concorreram só 1, UMA, é que foi admitida a entrevista. Não nos vamos dar ao trabalho de disfarçar, eles são todos tolinhos, vão pensar que obviamente nenhum dos outros 49 valia nada! Talvez a minha alergia seja a isto tudo, à estupidez que aqui reina.  

5 comentários:

  1. Ah, os concursos! Também eu já me sujeitei a isso e com resultados semelhantes (porque, como diz a sabedoria popular, mudam as estátuas, mas não os pombos). Lembro-me particularmente de um concurso em que, triadas as centenas de candidatos que passaram no teste de escolha múltipla sobre código civil (a minha formação e experiência é nas Letras), lá fui à entrevista. Painel de 3 pessoas em cima de mim a perguntar-me coisas tão díspares como:
    - quantas folhas tem uma resma?
    - qual a sigla química do ácido súlfurico (relembro: Letras! Eles tinham o CV à frente deles)?
    - faça a prova dos nove desta continha aqui.
    - quais as cores da junta de freguesia de XYZ?
    - escreva aqui a palavra «acessor» e «conselho municipal».
    - quantos vogais tem de ter a assembleia municipal?
    etc.

    Claro que não fiquei no lugar. Anos mais tarde, percebi, por estar do outro lado, como fazem estas coisas para só empregar a pessoa em que já tinham pensado desde o início. É revoltante e tem um nome (que achamos que se ajusta só quando envolve mundos e fundos) esta prática: corrupção.

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    1. LOL Rachelet, agora apetecia-me tanto dizer aquela palavra começada por F :x estou parva. é uma facilidade em gozar com quem tem a frente... eu em dois anos de concursos só fui a uma entrevista e ainda bem, porque o meu autocontrolo não resistia a duas. elas estavam lá mm com alguma malvadez, a dizer cenas do género, então sra. enfermeira, pense lá um bocadinho, você com certeza que sabe isto! coisas que era impossível saber. eu já lá fui com consciência do que elas estavam a fazer, também eram 3, mas mm assim a cara de pau destas pessoas não deixa de me espantar. a uma rapariga da minha terra perguntaram quantos centros de saúde existem no distrito da guarda... já tinha emprego em uk quando lá fui mas dp daquela entrevista apeteceu-me emigrar no mesmo dia, e não vou ter nem um bocadinho de pena de fugir disto!

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    2. E agora vejo que escrevi aqui «acessor» em vez de «assessor», mas foi lapso que não se deu na altura. Garanto que não foi por isso que não me chamaram. :P

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    3. ahhhh e assim que entravamos na sala diziam que se o conteúdo da entrevista saísse lá para fora éramos excluídos, as perguntas eram sempre as mesmas e elas sabiam que era impossível as pessoas saberem. Imagina, dp começaram a chegar lá com as respostas já estudadas e elas não tinham como dar a volta a coisa! "agora a sra. enfermeira é que sabe o que quer fazer da sua vida" ...

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